domingo, 23 de setembro de 2007

Primeira acção pública do Movimento
















A primeira acção pública do Movimento Utentes Pelos HUC decorreu ontem frente à porta do bloco central dos Hospitais da Universidade de Coimbra, causando grande impacto entre a comunidade de utentes e familiares que se encontravam no local.

O saldo da iniciativa traduziu-se na distribuição de 1500 panfletos de apresentação e reivindicações do Movimento e na recolha de mais de 300 assinaturas do abaixo-assinado pela defesa dos HUC e do Serviço Nacional de Saúde.

O abaixo-assinado encontra-se já disponível na internet no endereço http://www.petitiononline.com/PelosHUC. Apelamos a que o ajudem a divulgar pelo maior número possível de pessoas.

Aqui fica um dos artigos sobre a iniciativa de ontem que saiu na comunicação social.

Combater a «asfixia financeira sistemática» e a empresarialização dos Hospitais da Universidade de Coimbra são os principais objectivos do Movimento de Utentes pelos HUC, apresentado hoje à porta do bloco central do estabelecimento de saúde.

«Decidimos criar um grupo de participação cívica abrangente de utentes dos HUC, porque nos preocupa a actual situação dos Hospitais da Universidade de Coimbra», disse à agência Lusa um dos elementos do movimento, Ricardo Matos.

Nos últimos anos, tem-se assistido «a um processo de paulatina asfixia financeira dos HUC. Só em 2006, não receberam cerca de 36 milhões de euros que estavam contratualizados com o Estado», segundo um comunicado distribuído hoje aos utentes e visitantes do estabelecimento.

«A par da asfixia financeira, com o processo acelerado de empresarialização, está a ser posta em causa a própria continuidade dos serviços, havendo sinais que apontam para o desmantelamento de blocos inteiros dos HUC», adianta o texto.

De acordo com o Movimento Utentes pelos HUC, «este processo não pode ser desligado do plano mais geral de degradação do Serviço Nacional de Saúde e de entrega a privados que o governo PS tem seguido».

«É um processo que está a conduzir à transformação da saúde num negócio e que a prazo terá efeitos nefastos na igualdade de acesso a este direito fundamental», é sublinhado.

O movimento aproveitou também a deslocação para começar a recolher assinaturas para um abaixo-assinado em defesa dos HUC, em que frisa que esta «é uma das mais importantes unidades de saúde do país».

«As suas cerca de 1.500 camas, o número de cirurgias, o número de doentes, fazem desta unidade a maior do país, com extrema importância no Serviço Nacional de Saúde e forte impacto no âmbito regional e nacional», sustenta o grupo.

A apresentação do movimento, acessível em www.utentesdoshuc.blogspot.com, e o lançamento do abaixo-assinado surgem no âmbito das várias acções descentralizadas que se realizam hoje no país sob o lema «A saúde não é um negócio», promovidas pelo Movimento Cívico em Defesa do SNS e pelo Movimento de Utentes dos Serviços Públicos.

Diário Digital / Lusa

22-09-2007 16:46:09

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Defender os Hospitais da Universidade de Coimbra















Os Hospitais da Universidade de Coimbra são uma das mais importantes unidades de Saúde do País. As cerca de 1500 camas, o número de cirurgias, o número de doentes, fazem desta unidade a maior do país, com importância no Serviço Nacional de Saúde e impacto no âmbito regional e nacional.

Não à asfixia dos HUC

Nos últimos anos temos assistido a um processo de paulatina asfixia financeira dos HUC. Só em 2006, não receberam cerca de 36 milhões de euros que estavam contratualizados com o Estado.
Estes cortes põem em causa a qualidade de prestação de serviços, perspectivando-se a saída de profissionais e degradação das condições materiais.

Não ao desmantelamento

A par da asfixia financeira, com o processo acelerado de empresarialização, está a ser posta em causa a própria continuidade de serviços, havendo sinais que apontam para o desmantelamento de blocos inteiros dos HUC.

Este processo não pode ser desligado do plano mais geral de degradação do Serviço Nacional de Saúde e de entrega a privados que o Governo PS tem seguido.

É um processo que está a conduzir à transformação da saúde num negócio e que a prazo terá efeitos nefastos na igualdade de acesso a este direito fundamental.

A Saúde é um direito! Não é Negócio!

Sabia que...

- Antes do nascimento do SNS, há cerca de 30 anos, Portugal tinha alguns índices como a mortalidade infantil e neonatal ao nível do 3º mundo?

- em 2001, o nosso SNS foi considerado o 12º melhor a nível mundial - Muito acima de países como a Inglaterra e os EUA (países inspiradores destas medidas do governo PS)?

Defender o Serviço Nacional de Saude

O Governo PS está a degradar o Serviço Nacional de Saúde, a sacrificar ainda mais a generalidade dos Portugueses e a favorecer os grupos económicos e financeiros:

- encerrando serviços (SAP, maternidades etc);

- Privatizando sectores importantes do SNS;

- Aumentando e criando novas taxas moderadoras (taxas de internamento);

- Aumentando o preço dos medicamentos para os utentes;

- sobrecarregando as famílias, que já suportam 33% dos custos da saúde, contra 24% da média europeia;

- atacando os trabalhadores do SNS.